
A Associação Brasileira de Preservação Ferroviária – ABPF foi fundada em 1977 pelo francês Patrick Henri Ferdinand Dollinger, e reúne interessados na preservação, resgate, restauro e divulgação da história da ferrovia brasileira.
Patrick era apaixonado por locomotivas a vapor e ferrovias e preocupado com o abandono da história ferroviária brasileira, resolveu criar uma entidade de preservação, nos moldes das existentes na Europa e Estados Unidos.
Para contatar pessoas interessadas em realizar este sonho, publicou em fevereiro de 1977 um pequeno anúncio no jornal “O Estado de São Paulo”
“LOCOMOTIVAS A VAPOR: Com a finalidade de iniciar uma associação, tendo como interesse principal a preservação, restauração e operação de locomotivas a vapor e assuntos ferroviários em geral, procuro pessoas interessadas neste hobby muito popular na Europa e nos Estados Unidos. Escrever para Patrick Dollinger CP 2778, CEP 01000, São Paulo, ou telefone 32-0579 noite 853-4728”.
Apenas duas pessoas responderam ao anúncio, Sérgio José Romano e Juarez Spaletta. Os três passaram, então, a fazer contatos com pessoas de mesmo ideal, de forma que em 4 de setembro de 1977 foi possível realizar a assembléia de fundação da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária. Nesta assembléia, com apenas 14 pessoas foi fundada a ABPF.
A primeira ação da ABPF foi instituir uma campanha nacional para impedir o sucateamento de locomotivas a vapor. Com isto, a entidade conseguiu o apoio da Rede Ferroviária Federal S. A, que de uma só vez cedeu a ABPF 13 locomotivas a vapor desativadas.
A segunda grande ação foi conseguir um ramal desativado para colocar este material. Depois de um levantamento de trechos desativados no Estado de São Paulo, Patrick optou pela antiga linha tronco da Cia. Mogiana, entre Anhumas (Campinas) e Jaguariúna recém desativado.
E em 1979 a FEPASA – Ferrovias Paulistas S.A, também ofereceu apoio, e cedeu em comodato, este trecho de 24 km. Ali então iniciou-se o trabalho árduo de recuperação da via, recuperação de locomotivas, carros de passageiros, vagões e estações, trabalho que existe até hoje. Até que em setembro de 1984 foi definitivamente criado o Museu Ferroviário, chamado de Viação Férrea Campinas-Jaguariúna – VFCJ.
Infelizmente, Patrick Dollinger não viu o seu sonho ser realizado por completo. Falecendo no dia 17 de julho de 1986.
Hoje a ABPF é uma grande Associação (OSCIP), com aproximadamente 4000 sócios, com regionais e núcleos espalhados por todo pais, restaurando e operando trens turísticos em vários estados.
Quer saber mais, acesso o site www.abpf.com.br e conheça melhor nosso trabalho e todos os nossos outros trens turísticos.
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Boa noite, moro em Recife, mais sou natural de Fortaleza. Meu avô foi maquinista das primeiras estradas férreas no Ceará, não cheguei a conhecê lo, contudo, desde criança tenho a maior paixão por trens antigos. Muitas vezes quando ao sair do colégio nas sexta-feira me dirigia a estação aqui em Recife, comprava uma passagem e viajava pras vaidades da região metropolitana. Agora aos 57anos e perto de me aposentar, tenho o maior desejo em participar e me associar a esta entidade de que defende a existência das locomotivas.
Boa tarde Afrânio, muito obrigado pelo contato e pela sua história, nossa Associação é formada de pessoas assim apaixonadas pela ferrovia, se o sr. quiser participar pode fazer sua filiação através do link https://www.mariafumacacampinas.com.br/abpf/filiacoes/, dai o sr. pode vir ajudar se for possivel e também vir passear nos passeios de trem q realizamos. Obrigado